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quinta-feira, 27 de maio de 2010

VIVENDO COM EXCELÊNCIA


Nada menos do que a excelência”. Esse deve ser o lema de todo cristão. O cristão tem um encontro marcado com a excelência porque tem um Salvador excelente, um Senhor excelente, um Evangelho cujos princípios são excelentes.


Mas a verdade é que vivemos em um mundo medíocre. Para nos referirmos, primeiramente ao nosso querido Brasil: Aqui temos uma rainha; a Xuxa. Recebíamos lições de moral, ética, bons costumes do falecido Clodovil. O país se diverte assistindo Big Brother Brasil, tem uma classe política que causa náuseas. Apesar dessa quadro, o brasileiro faz piada de tudo e quem faz piada de tudo na vida, acaba fazendo da vida uma piada. Talvez por isso mesmo, há algumas décadas o primeiro ministro francês, Charles De Gaulle afirmou, após visitar nosso país, que o Brasil não era um país sério. Assim é bastante difícil viver com excelência em meio a uma sociologia tão mediocrisada, permitam-me o neologismo.


E essa coisa de medíocre ultrapassa nossas fronteiras já que vivemos em um mundo no qual a maior economia é responsável por uma das maiores crises econômicas de todos os tempos. O mundo investe em pesquisa para descobrir vida em outros planetas enquanto a vida aqui, em nosso velho e cansado planeta terra, vai de mal a pior.


Gastou-se 5 bilhões de dólares para se construir um aparelho que reprisaria o tal do Big Bang e depois de tê-lo posto para funcionar o resultado foi um fiasco. Talvez esses 5 bilhões pudesse ajudar alguns países onde milhares vivem em campos de refugiados e morrem como conseqüência das epidemias e da fome.


Realmente é difícil ser excelente em um mundo tão medíocre.


Para que possamos nos contrapor a esse mundo tão superficializado e mediocrizado, é preciso que:


1. ENCONTREMOS CAUSAS PELAS QUAIS POSSAMOS VIVER OU ATÉ MORRER.
Ao escrever a carta aos efésios, no capítulo 3 do versículo 1 ao 13 Paulo fala da causa pela qual ele dedicava sua vida, ou seja, pregar o evangelho para os gentios.
Não há como negar; um homem sem causa é um homem inútil. Por outro lado, nada é mais útil do que alguém cuja vida é dedicada a uma ou algumas causas.
Ao observarmos a trajetória desse personagem de primeira grandeza nas páginas da história do cristianismo, vemos como foi possível alcançar a excelência ao encarar a tarefa que Deus lhe havia confiado. (Cf. Atos 9. 15,16). Com Paulo nós aprendemos que para vivermos com excelência em um mundo medíocre é preciso, também que:
2. CONHEÇAMOS NA ÍNTEGRA O CONTEÚDO DA CAUSA OU DAS CAUSAS QUE ABRAÇAMOS.
A leitura da passagem citada deixa isso bem claro no caso de Paulo. Ele conhecia a fundo qual era a causa que abraçara. Há um adágio popular que afirma: “Quem sai sem saber para onde ir, já está perdido mesmo antes de sair”. Creio sinceramente que isso é um fato contumaz no mundo tão influenciado pela filosofia relativista pós-moderna. Para que sejamos excelentes é preciso conhecer a fundo a causa, ou causas que abraçamos. Somente quando isso acontece é que sabemos qual é o sentido de nossa existência e a razão da nossa vida. Entretanto, a vida excelente exige também que:
3. ESTEJAMOS DISPOSTOS A PAGAR O PREÇO QUE A CAUSA OU CAUSAS QUE ABRAÇAMOS, EXIGEM.
A carta de Paulo aos efésios faz parte do elenco de cartas denominadas, cartas da prisão. Ele estava preso em Roma, quando escreve essa carta. Preso injustamente por conta de um falso testemunho de que havia introduzido um gentio no templo de Jerusalém e também de que pregava contra a lei de Moisés. Isso nunca foi comprovado.


Todavia, Paulo sabia que a questão era outra. Na verdade ele sabia que o diabo estava por trás de toda aquela trama para cerrar seus lábios e impedir que ele pregasse o evangelho de Cristo Jesus. Os judeus queriam que não se falasse mais nem em Jesus e muito menos que Ele havia ressuscitado de entre os mortos. Paulo sabia que os judeus, mesmo os convertidos ao cristianismo resistiam e relutavam contra a verdade de que ao gentio também fora dado o direito e privilégio de ouvir o evangelho e crendo ser feito filho de Deus.


Foi por essa causa que Paulo abraçou e pela qual viveu intensamente. Ele era cônscio do conteúdo de sua missão, da causa que abraçara; pregar aos gentios. Estava disposto a pagar o preço que a causa exigia.


Conclusão:
Fico boquiaberto ao olhar para a Igreja e ver quantos estão de braços cruzados, sem missão, sem causa.
Fico estupefato ao observar com que facilidade muitos fogem de suas responsabilidade no âmbito da Igreja local, quantos abandonam ou tratam com irresponsabilidade o oficialato ou mesmo o cargo de liderança em uma sociedade interna ou mesmo em qualquer um dos nossos concílios, quer seja Conselho, Presbitério, Sínodo ou Supremo Concílio.
Talvez a pusilanimidade com que encaremos nossas responsabilidades seja o motivo maior da falta de um crescimento real.
Mandela ficou preso por 27 anos e mesmo na prisão tornou-se o maior porta voz contra o apartheid na África do Sul. Ao sair, não só ganhou o prêmio Nobel da Paz como foi eleito o primeiro Presidente nas eleições livres em seu país.
Mahatma Gandhi lutou contra a divisão de seu país e acabou se tornando um mártir, vítima de um atentado, por conta disso. É notável observar que em sua luta contra o neo-colonialismo britânico ele jamais empunhou uma arma sequer.
Rebeldes sem causa se constituem em causa rebelde. Cruzar os braços pode nos levar a agir como o acomodado rei Davi no palácio enquanto Urias lutava por sua segurança.
Prezados irmão Pastores:
Fomos chamados e comissionados como o apóstolo Paulo, e como ele conhecemos qual o conteúdo dessa causa que abraçamos e o preço que ela exige. Então, mãos à obra e que Deus nos abençoe.

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