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terça-feira, 1 de junho de 2010

MINHA INVICTUS 21’

A primeira televisão que tive foi uma Invictus de vinte e uma polegadas (21’). Seletor manual de canais, nem precisa dizer que era preto e branco. Aquele aparelho tinha um defeito no horinzotal que até parecia um problema “espiritual”. A tela começava a girar e quando levantávamos para fazer o ajuste, o problema parava.

Rin-tin-tin, Bonanza, Combate, O Patrulheiro Rodoviário, O Fino da Bossa apresentado por Jair Rodrigues e a super competente Elis Regina, A Família Trapo com Ronald Golias, o programa de entrevista da Hebe Camargo, Astros do Disco apresentado pelo excelente Randal Juliano, O Reporter Esso, noticiário famosíssimo, Almoço Com as Estrelas....e por aí vai...

Era isso que nos era oferecido e eu assistia naquela televisão com o horizontal espiritualizado. Assistir a Copa do Mundo de 70 nela foi um tormento, mas arrumei um jeito de ficar bem pertinho dela de tal maneira que quando a tela ia girar eu já enfiava a mão por trás e ajustava o botão. Ah! Que felicidade ver os canarinhos, mesmo em preto e branco, fazendo a festa no Estádio Guadalajara.

Fiquei imensamente feliz quando trocamos de televisão, mas de lá prá cá tenho, a cada dia que passa, me entristecido não com a qualidade dos aparelhos (eles melhoraram muito), mas sim com a mediocridade das programações que são oferecidas a altos custos. É triste ver, por exemplo, os maus produzidos programas evangélicos. Na verdade há alguns programas que de evangélicos não têm absolutamente nada. São de um sincretismo medíocre que faria Sócrates aceitar a pena de morte com prazer, novamente. Você muda de canal e lá vem aquela enxurrada de teorias e interpretações totalmente equivocadas sobre a fé cristã. São os impérios dirigidos por gente sem nenhum pudor e respeito por Deus e por sua Palavra. São verdadeiros vendedores de "indulgências" oferecendo um Cristo e outro evangelho, totalmente desassociados da Bíblia. Eles enriquecem porque descobriram o que Roberto Marinho já havia sabia há muitas décadas, ou seja, o poder da telinha. Questiono como Habacuque: “Até quando Senhor?”.

Muito bem, agora temos mais uma edição do tal Big Brother Brasil e da Fazenda. É mesmo uma declaração inequívoca da falta de pudor e de respeito com os princípios mais elementares que devem regular a família, e conseqüentemente a sociedade como um todo. Chamar essa coisa de reality show é um despropósito. E a maioria dos brasileiros lá sabe o que reality? Bem de real não tem absolutamente nada. Seria a realidade o que acontece ali na Fazenda e na casa do tal BBB? É triste ver crentes que correm para casa no domingo após o culto para se contaminar com insinuações homossexuais, com tramas e dramas que revelam o que já sabemos de sobejo, ou seja, que somos natureza caída e naturalmente afeitos à infidelidade, traição, mentira e todo desígnio indigno.

Não assisto a nenhum desses programas. Não o faço por duas razões básicas e elementares. Primeiro porque elas têm a tendência (como é proposição da mídia) de moldar nosso caráter e determinar nosso modo de vida. Assim é que acabamos, por exemplo, achando o sexo fora do casamento algo “muito natural”. Segundo porque não vou dar meu ibope a esse lixo que faz de pedros biaus da vida, gente com visibilidade e fortuna à custa de médicos, advogados, professores, garis, etc...que lutam para sobreviver em meio ao caos cultural, social, intelectual, econômico e espiritual dessa nação de Lula, Dilma, Sarney (a lista é enorme).

Exorto você que se deixa contaminar com essas coisas a que aceite as palavras de Paulo a Timóteo: “Foge das paixões da mocidade..”.(2 Tm. 2.22), ou mesmo o que escreveu Pedro, “Amados, exorto-vos, como peregrinos e forasteiros que sois, a vos absterdes das paixões carnais que fazem guerra contra a alma”. (!Pedro 2.11). Lembre-se do que disse Jesus...."os olhos são a lâmpada do corpo" (Mateus 6.22a).

Que saudades da minha Invictus 21 polegadas.....ainda com o defeito que ela tinha. A programação era um pouco melhor!

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